Detecção de exoplanetas pode ter enganado astrônomos

Exoplaneta - ou planeta extra-solar - é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol, pertencendo a um sistema planetário diferente do nosso. Embora a existência de outros sistemas seja especulada com muita frequência, até o final da década de 80 nenhum exoplaneta havia sido detectado, devido principalmente à dificuldade tecnológica em realizar este tipo de detectação. Um planeta do tamanho de Júpiter, por exemplo, tem luminosidade 1 bilhão de vezes menor que o Sol. Por conta disso, observações diretas de exoplanetas, mesmo nos dias de hoje, ainda apresentam grandes dificuldades.

(Fonte: Curto e Curioso) De qualquer modo, muitos exoplanetas vinham sendo descobertos e catalogados, o que animava os astrônomos, até que um grupo de cientistas liderados pelo astrônomos Paul Robertson da Universidade da Pensilvânia divulgou uma descoberta bombástica que teve o efeito de um terremoto no meio científico: muitos dos exoplanetas já detectados e confirmados podem ser apenas uma ilusão!


Os "planetas fantasmas" seriam falsos positivos de nossos meios de detecção, e muitos deles podem nunca terem existido de fato. Esse seria o caso de pelo menos três planetas do sistema da estrela Gliese 667, por exemplo, que inclui até o famoso planeta Gliese 581g, um planeta supostamente muito parecido com o nosso e que poderia até abrigar vida. Ele foi até chamado de Super-Terra, pois seria 3 vezes maior que o nosso planeta, mas depois das descobertas da equipe do Dr. Robertson, cientistas teme que ele seja apenas uma ilusão.


Toda confirmação da existência de um exoplaneta se baseia principalmente na detecção conhecida oficialmente por Velocidade Radial, quando uma estrela oscila, como se estivesse "balançando" em seu eixo por causa da influência de um planeta ao seu redor.


O problema é que a equipe da UPenn alega ter descoberto que o método do bamboleio gravitacional, ou da velocidade radial, quando utilizado sozinho, não é 100% seguro. As estrelas podem emitir falsos positivos, que surgem de sua própria atividade, e não pela influência de um objeto ao seu redor. Estes sinais poderiam mostrar planetas que não estão lá de verdade, e seriam apenas fantasmas gerados por eventos gravitacionais da própria estrela.

É importante lembrar que as descobertas do satélite Kepler (responsável por mais da metade das detecções já realizadas) não estão sob suspeita, já que ele utiliza outra técnica, baseada na medição da diminuição da luz das estrelas quando o planeta passa a sua frente, porém ele pode determinar apenas o tamanho do objeto e não a sua massa, e por isso a técnica da velocidade radial é importante, pois pode revelar a massa do planeta, e se ele é rochoso ou gasoso, por exemplo.


Agora os astrônomos acreditam que a forma mais confiável para se detectar planetas distantes, seja usar as duas técnicas em conjunto, detectando a passagem do planeta através do Kepler, e a velocidade radial para saber a sua massa e estrutura, e assim evitar novos erros.

Nenhum comentário